terça-feira, 17 de abril de 2007

NOS OLHOS CRISTALINOS DO DESERTO






Na estrada dos novos impérios


se te chamasse água redentora


tu não vinhas habitar os meus silêncios




se viesses incógnita e finalmente silvestre


darias às pedras o recorte humano dos sonhos




se em vez do infinito azul


eu ousasse navegar outras abstrações


se tivesses um nome fluído


e eu fosse uma pátria imprecisa


exultar-nos-íamos num breve instante


como em sussurro as papoilas


fazem aos sopros matinais




Na estrada dos novos impérios


existe um fragmentado brilho


nos olhos cristalinos do deserto


correm galgos os deuses e o pó


para o templo secular das oliveiras




mas eu não vou





7 comentários:

un dress disse...

às vezes ir também um pouco.

talvez...


"daria às pedras o recorte humano

dos sonhos...

correm galgos os deuses e o pó"...

escreves.



lindo. fluido...



abraçO :)

Maria disse...

deserto...
... seara feita ao vento....
... mar dourado do meu aconchego...

(adorei este piano...)

sonhadora disse...

da vida se fez sonho que floriu em beijos embrulhados em abraços.

Espaços abertos.. disse...

Oa olhos são atalhos que deixam transparcer o que nos vai na alma.

Bjs Zita

Páginas Soltas disse...

" Correm galgos os deuses e o pó
para o templo secular das
oliveiras"

As palavras correm fluídas em cada verso...

Lindo...lindo!!!

Abraço amigo da

Maria

Alexandre disse...

«Na estrada dos novos impérios
existe um fragmentado brilho
nos olhos cristalinos do deserto
correm galgos os deuses e o pó
para o templo secular das oliveiras

mas eu não vou»

Eu também não vou pela estrada dos novos impérios...

Eufrázio, no link que remete para o meu blog é só acrescentar um 2 porque o Fundamentalidades (1) esteve bloqueado, tive que criar um Fundamentalidades 2;
http://fundamentalidades2.blogspot.com

Obg. Um abraço!!!

Mar Arável disse...

agradeço todos os comentários -
são lindos